Posso contar uma história?

“Posso contar uma história”?

Esta é a frase mais usada por Contadores de histórias antes de uma narrativa. É o pedido de permissão para se aproximar do ouvinte e, ao mesmo tempo, o convite para que este ouvinte se ausente um pouquinho de sua realidade cotidiana e viaje no tapete mágico da imaginação.
Mas QUAL história contar? COMO escolher uma boa história? E especialmente num ambiente hospitalar, onde o ouvinte é uma criança que está machucada no corpo e na alma, qual a história adequada?

Foi pensando em questões como estas que surgiu o “Viva Literário”, formado por um grupo de colaboradores que têm por objetivo apresentar material literário para os voluntários que estão em treinamento e enriquecer a troca entre os que já estão atuando, promovendo a leitura diversificada e a ampliação da bagagem cultural.
O resultado inicial das reuniões do “Viva Literário” foi muito produtivo! Uma lista, composta por 30 livros, foi cuidadosamente elaborada pelos colaboradores, como sugestão de leitura para todo aquele que desejar se “transformar” num Contador de histórias. Essa lista será, aos poucos, publicada em "livros recomendados".

A palavra “transformar” pode causar estranheza, mas creio que é a que melhor expressa a ação de quem conta uma história: contar histórias significa ler muito, estar em constante contato com a literatura, sentir prazer com a leitura e estar sempre em busca de uma nova história e de diferentes maneiras de apresentá-la. É se transportar para o mundo imaginário e experimentar variadas formas de emoção. E é somente assim, a partir da intimidade com os livros e com o ato de ler, que se pode escolher uma história.
“A palavra escrita é a nossa principal ferramenta para compreender o mundo”. (Alberto Manguel - “Uma História da Leitura” - Cia das Letras)
O “Viva Literário” foi criado para ser um sinalizador da boa literatura, um “baú de histórias” e de sugestões variadas pra que se VIVA a LITERATURA!

Esperamos muitas visitas!

por Patricia H. C. J. Raymundo

Hospital SEPACO